ABRIGO
Abrigo está exposto na Galeria Mamute no projeto Flutua: em diálogos ressonantes, com curadoria de Paula Bohrer
Abrigo surge na idéia de se criar um espaço seguro, de proteção e diálogo entre pessoas que são convidadas a mergulharem nas capas feitas de cobertores térmicos aluminizados de emergência para sobrevivência, material que venho pesquisando desde 2018 a partir do trabalho Combate. O trabalho seria montado na quinta-feira dia 19/03 e a exposição abriria dia 20/03. Porém com a quarentena a montagem parou no dia 17/03 e acabei finalizando ele durante o isolamento e na sequência foi montado no metade de abril com a galeria fechada para uma visita virtual, sua ativação acontecerá na abertura pós-quarentena.
O trabalho é uma instalação/performance que precisa do público para acontecer e questiona a idéia de como podemos sobreviver juntos em meio a tempos difíceis, além de proporcionar uma experiência sensorial através da sua textura, sonoridade metálica ao ser vestida e pelo seu movimento no espaço. Após o isolamento o trabalho se potencializa, pois o alumínio é um material de isolamento tanto da pele contra as intempéries e também pode ser usado como proteção neste momento em que temos que nos proteger para sair as ruas ou entrar em contato com o outro. Material que isola, protege, abriga, cuida.
Afinal neste momento onde uma angústia paraliza nossos sentidos onde sobreviver é o foco da nossa existência, estaria aqui um duplo sentido também de cuidado, como cuidamos uns dos outrxs e de nós mesmos? Como estávamos fazendo isso antes do isolamento? E ainda, como podemos produzir arte em meio a isso tudo?
Tamanho: 120cmx50cm
Material: lâmpada LED, papel cellophane, tecido de alumínio